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Casa Brasil IBGE SUDENE participa do II Simpósio de Estudos sobre o Recife: dinâmicas urbanas ontem e hoje
Casa Brasil IBGE SUDENE participa do II Simpósio de Estudos sobre o Recife: dinâmicas urbanas ontem e hoje
Entre os dias 10 e 14 de março de 2025, ocorreu o “II Simpósio de Estudos sobre o Recife: dinâmicas urbanas ontem e hoje”, organizado pela Prof. Mariana Zerbone, Prof. Jaime Guimarães Junior e a equipe do RECLab (Laboratório da Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE). O evento reuniu mais de 150 trabalhos acadêmicos, abordando uma variedade de temas relacionados à vida urbana na capital pernambucana. Este espaço proporcionou um rico debate sobre os desafios e transformações da cidade, além de gerar dados que subsidiarão políticas públicas.
Durante a mesa de abertura, o superintendente do IBGE em Pernambuco, Gliner Alencar, destacou o apoio do IBGE ao evento e ressaltou a relevância da divulgação dos dados do Censo como ferramenta para o planejamento de uma cidade mais justa e inclusiva. Também participou da abertura a representante da Casa Brasil IBGE SUDENE, Marcia Carneiro, que divulgou as ações da Casa Brasil e enfatizou o papel da instituição no incentivo à pesquisa e ao debate sobre as dinâmicas urbanas.
Mesa de Abertura II Simpósio de Estudos sobre o Recife: dinâmicas urbanas ontem e hoje. Contou com o superintendente do IBGE no estado de Pernambuco, Gliner de Alencar, além do presidente da Associação de Geógrafos do Brasil, Gevson Andrade; o presidente do Instituto Arquelógico e Geográfico de PE – IAHGP, George Souza; Museu do Recife – Sandro Vasconselos; coordenadora da Associação Nacional de História – ANPUH PE, Luanna Ventura; e da Universidade do Porto – Portugal – Bruno Aguiar.
A Casa Brasil IBGE SUDENE teve um papel ativo no seminário promovendo duas oficinas sobre o mapeamento e análise das dinâmicas urbanas de Recife. A primeira, “Mudanças nas favelas de Recife: o que o Censo 2022 nos revela em relação a 2010”, ocorreu no dia 13 de março e abordou mudanças em comunidades urbanas, destacando inovações metodológicas do Censo Demográfico 2022. Os palestrantes do IBGE, Tiago de Souza Figueiredo e Juan Carlos Gortaire Cordovez, responsáveis pelo Ponto Focal de Favelas e Comunidades Urbanas, conduziram a oficina. O evento teve como objetivo analisar, de forma detalhada, as transformações ocorridas entre 2010 e 2022 nas áreas de favelas e comunidades urbanas, utilizando a Plataforma Geográfica Interativa (PGI) e o QGIS. Figueiredo e Cordovez destacaram a importância dos dados obtidos para o planejamento urbano, a formulação de políticas públicas e o desenvolvimento social, enfatizando como essas informações podem contribuir para a criação de projetos mais eficientes para as áreas mais vulneráveis da cidade.
Oficina do IBGE, denominada "Mudanças nas Favelas de Recife: o que o Censo 2022 nos revela em relação a 2010", Juan Carlos Gortaire Cordovez (IBGE)
Enquanto a segunda oficina, intitulada “Panorama Urbano: o que os dados contam”, foi realizada no dia 14 de março com o objetivo de capacitar os participantes a utilizar as ferramentas digitais do IBGE, como os portais: Meu IBGE, canal Cidades e o Panorama. A oficina foi conduzida por Márcia Cristina de Souza Matos Carneiro e Romero Maia, especialistas que guiaram os participantes na análise e interpretação dos dados socioeconômicos e demográficos dos municípios brasileiros. A capacitação teve como foco mostrar onde encontrar os bilhões de dados e indicadores produzidos pelas pesquisas do IBGE, informações importantes para subsidiar a gestão pública e o desenvolvimento urbano, permitindo aos participantes gerar relatórios personalizados e realizar comparações entre diferentes localidades. Os debates nas oficinas reforçaram o papel da Casa Brasil IBGE SUDENE como um centro de apoio à pesquisa e discussão sobre os desafios urbanos da capital pernambucana, além de fortalecer o intercâmbio de conhecimentos entre pesquisadores, estudantes e profissionais da área. Essas discussões também reafirmaram a importância da utilização dos dados estatísticos do IBGE como base para o desenvolvimento de políticas públicas voltadas à melhoria da qualidade de vida dos recifenses.
Além das oficinas e debates, o evento premiou trabalhos acadêmicos que receberam menção honrosa na seção Pôster no simpósio. Os trabalhos destacados foram:
– Maracatu Rural Cruzeiro do Forte: Resistência cultural e territorialidade no bairro dos Torrões Recife, de autoria de Gabriel Melo Lopes de Souza.
– Currículo das ruas: o lugar das pichações e grafites na formação das entidades urbanas no Recife, de autoria de Tiago Neisson do Nascimento Chaves e Lady Jane da Silva Dias.
– Recife sobre reconfigurações urbanas: o processo de desmantelamento do bairro de Casa Amarela e a institucionalização do bairro de Nova Descoberta à luz do Decreto 14.452/1988, de autoria de Ginaldo Fernandes da Silva Júnior.
Pesquisadores de diversas Universidades: UFRPE, Universidade Federal Rural de Pernambuco (Professores Maria Zerbone, Maria Rita Machado, Jaime Guimarães e Otavio Santos, UFPE – Universidade Federal de Pernambuco (Professores: Edvania Torres Aguiar Gomes e Ronaldo), UPE – Universidade de Pernambuco Prof. Gevson Andrade; Da Universidade do Porto – Portugal – Bruno Aguiar; Pedro Nóbrega (Geografia da UNIVSF – Bahia) e Marcia Carneiro do IBGE entre outros
A coordenadora do evento, Prof. Mariana Zerbone, destacou a importância do seminário como um espaço para troca e reflexão sobre as dinâmicas urbanas de Recife. “O seminário é um momento para pensar a cidade, refletir sobre seus desafios e buscar soluções. Mostrar os dados gerados pelas pesquisas do IBGE foi fundamental para que essas discussões ganhassem ainda mais profundidade”, afirmou. Na abertura do evento, a magnífica reitora da UFRPE também fez uma fala inspiradora: "É através da pesquisa acadêmica que conseguimos iluminar as realidades complexas das nossas cidades. A colaboração entre universidades e instituições públicas é essencial para construir um futuro mais sustentável e inclusivo para todos os cidadãos."
Vista das oficinas e mesas redondas do II Simpósio de Estudos sobre o Recife: dinâmicas urbanas ontem e hoje
A programação do seminário também contou com exposição fotográfica e visitas técnicas, como a visita no Forte do Brum, no Museu da Cidade do Recife, Instituto Arquelógico e Geográfico de PE – IAHGP , Cozinha Solidária da Cidade do Recife e também diversos minicursos. Além de, Mesas redondas: sobre diálogo urbano, paisagem, cultura e cidade; Recife, espaço, patrimônio e memória; e, Outra sobre dinâmicas urbanas contemporâneas no Recife e região metropolitana.
Vista da Seção Pôster do II Seminário
O evento também contou com apresentações de pesquisas sobre temas diversos, como a utilização de bicicletas por mulheres, o uso de parques e praças públicas, As dinâmicas urbanas e a requalificação de espaços urbanos, como o Parque da Jaqueira e o Mercado Público de Água Fria. A diversidade temática mostrou a riqueza da pesquisa acadêmica sobre a cidade do Recife e reforçou a importância da colaboração entre academia e instituições públicas para desenvolver soluções urbanas mais sustentáveis.