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Uso de Agrotóxicos no Estado do Paraná | 1998-1999
Sobre - 1998-1999
O IBGE, em convênio com a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, realizou a pesquisa piloto sobre o uso de agrotóxicos nos estabelecimentos agropecuários do estado, tendo por base a estrutura operacional e metodológica adotada na pesquisa Previsão e Acompanhamento de Safras - PREVS.
Esta publicação apresenta os resultados do levantamento, relativamente às culturas do algodão, mandioca, milho e soja. Reúne informações sobre as áreas rurais com aplicação de agrotóxicos e quantidade formulada; frequência de uso; forma e local de aquisição desses insumos e utilização de acordo com as recomendações prescritas; influência dos agrônomos quanto à escolha do produto; utilização de equipamentos de proteção individual; casos de intoxicação e atendimentos médico-hospitalares, bem como uso de outras práticas agricolas para o controle de pragas e doenças, entre outros aspectos.
As informações obtidas oferecem um diagnóstico da realidade do Estado do Paraná quanto ao uso de agrotóxicos no setor agricola, servindo como subsidio à proposição e desenvolvimento de ações com vistas ao gerenciamento ambiental dos impactos causados por esses insumos, inclusive em outros estados.
Tabelas - 1998-1999
Tabelas (em formato excel)
Publicações - 1998-1999
Uso de agrotóxicos no Estado do Paraná : safra 1998/1999 / IBGE, Diretoria de Pesquisas [e] Diretoria de Geociências. -
Tipo de material: Livro
Ano: 2001
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Informações técnicas
Notas Técnicas
Objetivo
A pesquisa teve o objetivo de fornecer informações sobre o uso de agrotóxicos pelos estabelecimentos agropecuários do Estado do Paraná, mediante método de amostragem probabilística, cujos resultados estão associados a intervalos de confiança, definidos pelos respectivos coeficientes de variação (CV).
Período de coleta
A pesquisa foi realizada nos meses de março e abril de 1999.
Variáveis investigadas
Foram investigadas as seguintes variáveis correlacionadas ao uso de agrotóxicos nos estabelecimentos agropecuários: equipamentos empregados; forma de aquisição; frequência de uso; destino das embalagens vazias; adoção de práticas alternativas ao uso de agrotóxicos; pessoal ocupado (número de pessoas por sexo e faixa etária, que manipularam agrotóxicos na safra de 1998/1999) e danos para a saúde humana (número de casos de intoxicação e de atendimentos médico-hospitalares nos últimos dois anos); e agrotóxicos aplicados por cultura (áreas de aplicação, tipo dos produtos aplicados - herbicida, inseticida, fungicida e outros, nome comercial do produto aplicado, cálculo da dose, número de aplicações e quantidade aplicada, modo de aplicação e número de horas trabalhadas).
As culturas pesquisadas foram: algodão, arroz (irrigado e de sequeiro), batata-inglesa (1ª safra), feijão (1ª safra), mandioca, milho e soja.
Período de referência
O período de referência diferiu conforme a variável pesquisada, a saber:
(i) as informações relativas à quantidade e ao tipo de agrotóxico utilizado por cultura, bem como sobre o pessoal ocupado na aplicação, tiveram como referência o ano-safra de 1998/1999;
(ii) o modo de aquisição dos agrotóxicos, bem como o tipo de equipamento utilizado na aplicação, foram aqueles habitualmente utilizados; e
(iii) as informações sobre os casos de intoxicação e atendimentos médico
hospitalares se referiram aos ocorridos nos últimos dois anos (1998 e 1999).
Metodologia
A pesquisa teve como base o desenho da amostra adotado na Pesquisa de Previsão de Safras - PREVS.
O desenho consiste de uma amostra probabilística de áreas denominadas segmentos, selecionados sistematicamente de um painel estratificado segundo o uso do solo: áreas de cultivos intensivos, áreas de matas, pastagens e áreas não agrícolas. (Pesquisas agropecuárias, 1989).
Tamanho da amostra
O tamanho da amostra selecionada para obter informações anuais sobre a safra agrícola no Estado do Paraná é de 525 segmentos, mas na pesquisa referente à safra de 1998/1999 foram investigados 430 segmentos. A redução da amostra ocorreu principalmente nos estratos com ocupação de pastagens e áreas não agrícolas, para não afetar a investigação das variáveis que compõem as estimativas da safra.
Estimadores
As estimativas foram obtidas através da expansão direta dos dados da amostra.
Para as variáveis discretas (unidades classificadas segundo uma determinada categoria, tais como: frequência de uso, forma de aquisição, etc.), foi adotado um estimador de razão (R= nº de estabelecimentos classificados na categoria / nº estabelecimentos da categoria), utilizando o método do segmento aberto, que associa o segmento a um estabelecimento agropecuário, desde que sua sede (administração ou residência) esteja contida nos limites da área investigada, ou seja, no segmento. Também foi adotado o método do segmento aberto para a obtenção das estimativas de número de estabelecimentos, mas utilizando o estimador correspondente ao método estimador aberto.
Para as variáveis contínuas como área, quantidade e número de pessoas, foram aplicados o método do segmento ponderado e um estimador também ponderado, onde cada informação é multiplicada por um fator igual ao quociente entre a área de cada estabelecimento contida no segmento e a sua área total.
As estimativas do número médio de aplicações de agrotóxicos para cada cultura foram calculadas pelo método do segmento aberto, mas utilizando um estimador de razão ( R = quantidade total de aplicações I nº de estabelecimentos informantes da cultura).
Interpretação dos resultados
O que caracteriza os resultados obtidos através de uma amostra probabilística é a possibilidade de medir os erros associados às estimativas de alguns parâmetros das distribuições das variáveis pesquisadas, como, por exemplo, valores médios ou totais, os quais só ocorrem se for investigada apenas uma parcela das unidades que compõem a população objeto da pesquisa.
Uma medida de precisão muito usada para avaliar o erro de amostragem é o Coeficiente de Variação (CV), que reflete o erro relativo cometido em relação ao verdadeiro valor do parâmetro estimado, e que permite construir um intervalo de confiança para a estimativa pontual do parâmetro desejado, em função do CV calculado em percentagem.
O coeficiente de variação calculado para cada estimativa do plano tabular foi classificado, segundo faixas e representado por uma das seguintes letras: Z, A, B, C, D e E, apresentadas no Quadro 1.
O símbolo Θ representa uma estimativa que não alcançou a unidade de medida solicitada.
Quadro 1 - Intervalo de valores dos coeficientes de variação e conceito correspondente para cada indicador apresentado nas tabelas de estimativas
Intervalo de valores de CV | Indicador | Conceito |
---|---|---|
Zero | Z | Exata |
Até 5% | A | Ótima |
Mais de 5% a 15% | B | Boa |
Mais de 15% a 25% | C | Razoável |
Mais de 25% a 50% | D | Pouco precisa |
Mais de 50% | E | Imprecisa |