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Fauna Ameaçada de Extinção

O que é

O Brasil é considerado, atualmente, o País com maior biodiversidade do planeta. E uma das expressões desta grande biodiversidade é a sua fauna. Rica e exuberante, é constituída de mais de 100 mil espécies dentre mamíferos, aves, anfibios, peixes, répteis, insetos e outros invertebrados, os quais são encontrados em florestas, manguezais, cerrados, campos, rios, lagoas, etc. Mas se o presente revela riqueza e exuberância, o futuro da fauna brasileira é incerto. Estima-se que, em poucas décadas, diversas espécies poderão desaparecer por completo, sobretudo as endêmicas, isto é, aquelas que só existem em determinados ambientes aos quais estão bem adaptadas. No Brasil, as causas de extinção são inúmeras, com destaque para o desmatamento das florestas, exploração de madeiras, abertura de estradas, poluição do ar e das águas, caça esportiva e predatória, comércio ilegal de animais, dentre outras. Ações dessa natureza contribuem direta ou indiretamente para a destruição dos hábitats naturais das espécies, colocando em risco a sua sobrevivência. 

Sobre a publicação - 2007 Insetos e outros invertebrados terrestres - 1:5 000 000

Mapa que localiza pela primeira vez, no território nacional as 130 espécies e subespécies desses animais que podem deixar de existir, segundo a Lista das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção mais recente do, de 2003.

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Do total de 130 espécies e subespécies ameaçadas de extinção, 96 são insetos, como abelhas, besouros, formigas, borboletas, libélulas, mariposas etc., e as 34 restantes são outros invertebrados terrestres, como aranhas, opiliões, pseudoescorpiões, gongolos, caracóis, minhocas, entre outros.

Esses animais se encontram distribuídos pelas unidades da federação (UF), sendo que o maior número deles tem ocorrência nos estados de São Paulo (46), Rio de Janeiro (41) e Minas Gerais (35), seguidos do Espírito Santo e Bahia (24 espécies cada um); Santa Catarina (13); Rio Grande do Sul (9); Paraná (7); Goiás (6); Pernambuco (5); Mato Grosso (4); Pará e Paraíba (3 cada um); Mato Grosso do Sul e Amazonas (2 cada um); e Acre, Rondônia, Ceará e Alagoas (1 espécie cada um).

A situação mais grave dentre todos os animais citados no mapa é a de quatro espécies que já entraram na lista do Ibama como extintas: a formiga Simopelta minima , que ocorria na Bahia, a libélula Acanthagrion taxaense , do Rio de Janeiro, e as minhocas Fimoscolex sporadochaetus (conhecida como minhoca branca) e Rhinodrilus fafner (minhocuçu ou minhoca gigante), que tinham ocorrência em Minas Gerais.

O mapa é ilustrado com desenhos dos animais e oferece como pano de fundo a vegetação primitiva, a área antropizada (modificada pelo homem) e a delimitação dos biomas. Na legenda estão os nomes das classes, ordens e famílias a que pertencem as espécies, bem como seus nomes científicos e populares, categorias de ameaça (extintas, criticamente em perigo, em perigo e vulnerável) e distribuição geográfica.

A mais recente lista de animais ameaçados divulgada pelo Ibama (2003 e 2004) reúne ao todo 632 espécies/ subespécies dentre animais terrestres e aquáticos. Em 2006, o IBGE já havia lançado o mapa das aves ameaçadas; em 2007, divulgou o mapa de mamíferos, anfíbios e répteis; e a inda neste ano de 2008 deve publicar o último mapa da série, com informações sobre peixes e invertebrados aquáticos.

O conjunto de espécies animais brasileiros é um valioso recurso e um imenso patrimônio natural, cultural e econômico, mas tanto a devastação da cobertura vegetal quanto as formas de extrativismo têm contribuído consideravelmente para sua dizimação, o que significa perda de biodiversidade. O desaparecimento dos habitats naturais é um dos principais fatores que aceleram o processo de extinção dos animais - ao lado de outros como a caça predatória, a poluição e a perseguição a espécies de valor econômico ou ornamental.

Os estudos sobre a fauna sob risco de extinção vêm sendo realizados pelo IBGE desde o fim dos anos 1980, fundamentalmente com base nas listas do Ibama e complementados por informações levantadas em diferentes instituições de pesquisas e na literatura especializada. Os estudos produzem informações que são armazenadas no banco de dados dos cadastros de fauna, que, por sua vez, geram os mapas. Ao divulgar espacialmente o estado atual de preservação da fauna, o IBGE contribui na orientação de possíveis programas de recuperação das espécies ameaçadas e no despertar da consciência ambiental.

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