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Mapas para Fins Estatísticos

O que é

Os Mapas para fins Estatísticos servem à execução das etapas de coleta e divulgação das pesquisas estatísticas do IBGE, com destaque para as operações censitárias.

O objetivo principal desses mapas é a representação da configuração espacial dos limites dos Setores Censitários, através dos quais são representados os territórios municipais, distritais e subdistritais para os fins estatísticos do IBGE. Os limites municipais representados são definidos pelas instituições estaduais legalmente responsáveis pela divisão Político-Administrativa. Enquanto os limites distritais e subdistritais são definidos por cada municipalidade no exercício da gestão de sua autonomia administrativa.

Os mapas para fins estatísticos são utilizados para o planejamento e execução das etapas de coleta, apuração, tabulação, análise e divulgação de informações estatísticas e geográficas. Observadas as limitações das escalas de representação, os Mapas Municipais Estatísticos (MME) ilustram os limites da divisão político administrativa, a presença das localidades e o conjunto de Setores Censitários rurais de cada município. São complementados pelos Mapas Urbanos Estatísticos (MUE), que apresentam os limites do conjunto dos Setores Censitários localizados nas áreas urbanas, acompanhados dos recortes intramunicipais de relevância para a realização de censos e outras pesquisas estatísticas. Por fim, os limites de cada Setor Censitário são detalhados graficamente em dois modelos de mapas, conforme sua situação urbana ou rural: os Mapas de Setores Urbanos (MSU); e, os Mapas de Setores Rurais (MSR). Os mapas de setores censitários são complementados por descritivos, onde se situam textualmente o perímetro de cada setor censitário.

Além dos modelos de mapas supracitados, compõem o conjunto dos mapas estatísticos os Mapas Municipais (MM) que representam os limites municipais vigentes no último Censo Demográfico, bem como atualizações posteriores comunicadas ao IBGE pelos órgãos estaduais responsáveis, passando a viger para efeito das Estimativas Populacionais Municipais.

Informações técnicas

Informações Técnicas

Os Mapas Municipais Estatísticos 2022 receberam substanciais melhorias e inovações tecnológicas em relação àqueles produzidos para o Censo Demográfico 2010, resultado de diversas análises dos dados geográficos obtidos durante a etapa de Coleta do Censo Demográfico e das atualizações da divisão político-administrativa.

Refletem a consolidação do conhecimento geográfico contemplando a integração do quadro urbano e rural dos municípios para a adequada cobertura de cada território municipal.

Como consequência, apresentam-se em escalas cartográficas, predominantemente definidas, em formatos de A2, A1 e A0, e em conformidade com a Norma ISO 216:

  • 39,2% até 1:25.000;
  • 36,3% até 1:50.000;
  • 17,3% até 1:100.000; e
  • 7,2% menores que 1:100.000

Cabe o destaque das seguintes melhorias e inovações:

  • A manutenção da base territorial em ciclos anuais com aplicação de meios totalmente digitais, integrando, entre si, segmentos urbanos e rurais, adotando o formato GeoPDF para permitir a integração de todos os elementos praticados pelo IBGE, tornando acessível aos agentes públicos, pesquisadores, estabelecimentos de ensino e a pessoas com habilidades incipientes no uso desses produtos na sociedade em geral;
  • Priorização de linhas divisórias (fronteiras, divisas estaduais, limites municipais e distritais) e melhor caracterização da mancha de setores urbanos, distribuição dos setores rurais e delimitação oficial de áreas especiais (Terras indígenas oficialmente declaradas, Territórios Quilombolas oficialmente delimitados, Projetos de Assentamentos e Unidades de Conservação), rede hidrográfica e linha de costa, elementos do sistema viário, serras ou outras formas de relevo, que garantem o controle da operação censitária e a cobertura de todo o Território Nacional;
  • As áreas urbanas correspondem à agregação dos Setores Censitários classificados como urbanos definidos apenas para fins de coleta e divulgação estatística, conforme informações metodológicas detalhadas na publicação “Censo Demográfico 2022: Malha de Setores Censitários 2022”;
  • Priorização de elementos essenciais planimétricos mesmo considerando as limitações estruturais de atualização cartográfica dos acidentes topográficos naturais e artificiais;
  • Flexibilização e adaptações no padrão típico de convenções cartográficas associadas ao layout, estilos de linhas, cores, simbologias, fontes e dimensões das nomenclaturas para um design visualmente simples para guiar a complexa evolução de custos-benefícios;
  • A adoção de mosaicos de imagens orbitais combinando imagens ortorretificadas da Planet Labs, viabilizada por meio do programa Brasil Mais, que atendem a uma visão dos elementos de paisagem quanto à elementos do meio ambiente, zonas de agronegócios e facilitam o reconhecimento da região e a interpretação de separação entre áreas rurais e urbanas dos municípios, incorporando uma linguagem funcional e simplificada do território municipal;
  • Evitar inconsistências nas linhas divisórias dos territórios municipais, principalmente, quanto à identificação dos ativos e da presença municipal favorecendo a análise de mudanças, ao evitar omissões, invasões ou insubordinações administrativas, quanto às instalações e manutenção de infraestruturas e serviços;
  • Normalização de topônimos dos Municípios, Distritos e localidades identificadas com emprego de análises e filtros geoespaciais a partir de dados de operações pregressas de Censos e pesquisas amostrais, geosserviços gratuitos e ações de campo de atualização realizados pelas agências do IBGE;
  • Adoção do sistema de coordenadas geográficas adequado às formas atuais de levantamentos de campo adotadas pelo IBGE, em relação à prática de uso do sistema de coordenadas UTM adotado no Censo Demográfico 2010 e em censos anteriores que se fundamentavam em processos de digitalização de originais cartográficos do mapeamento sistemático terrestre. Neste contexto, também foi desenvolvido um sistema para a verificação e certificação da integridade e qualidade dos mapas;
  • A interoperabilidade entre plataformas de sistemas de informações geográficas com a integração de Plugin de Mapas em Phyton para garantir uniformidade de padrões, evitando-se possíveis incoerências no processo produtivo com os melhores insumos básicos e geosserviços disponíveis, resultando na eficácia no uso de tempo para geração dos mapas digitais.

Os arquivos de Mapas Municipais Estatísticos foram construídos tendo como insumo a Malha Municipal Digital 2022, contemplando as atualizações as alterações de limites municipais comunicadas ao IBGE até 30 de abril de 2023, de acordo com a Nota Metodológica n° 01 da divulgação da População de 31/08/2023,

Os limites municipais utilizados pelo IBGE para fins dos Mapas Municipais Estatísticos incorporam os ajustes comunicados pelos órgãos estaduais ao IBGE até 31/07/2022 pelos Órgãos Estaduais competentes.

O conjunto das Terras Indígenas, para fins dos Mapas Municipais Estatísticos, o conjunto das Terras Indígenas oficialmente delimitadas foi formado por aquelas que estavam na situação fundiária de declarada, homologada, regularizada e encaminhada como reserva indígena até a data de 31 de julho de 2022, data de referência da pesquisa, conforme informações fornecidas pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas – Funai.

Os Territórios Quilombolas oficialmente delimitados tiveram seus limites representados a partir do arquivo gráfico de Áreas Quilombolas disponível no Acervo Fundiário do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – Incra, acrescido das áreas informadas pelos órgãos estaduais e municipais com competências fundiárias, nos termos do Decreto n. 4.887, de 2003. Para fins do mapeamento, o conjunto dos Territórios Quilombolas oficialmente delimitados foi formado por aqueles que apresentavam alguma delimitação formal no acervo fundiário do Incra ou dos órgãos com competências fundiárias nos estados e municípios na data de 31 de julho de 2022. Foram considerados ainda os territórios quilombolas cujas delimitações constam do arquivo vetorial de Projetos de Assentamentos, mas cujas delimitações não haviam sido transferidas para o arquivo vetorial de territórios quilombolas, conforme indicações feitas pela Divisão de Identificação e Reconhecimento de Territórios Quilombolas do Incra (Incra/DFQ1). Questionamentos sobre qualquer aspecto deste nível de informação compilado neste produto devem ser diretamente encaminhadas aos órgãos responsáveis pela informação.

Os limites dos Projetos de Assentamentos representados foram reproduzidos de acordo com o Acervo Fundiário do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – Incra. Foram considerados os projetos listados na data de 31 de julho de 2022. Foram representados nos mapas os projetos nas seguintes categorias praticadas pelo Incra atualmente: Projetos de Assentamentos Federais (PA), os Projetos de Assentamentos Agroextrativistas (PAE), os Projetos de Desenvolvimento Sustentável (PDS), Projeto de Assentamento Florestal (PAF) e Projeto Descentralizado de Assentamento Sustentável (PDAS). Foram também representadas os projetos criados pelo Incra até a década de 1990 e cujas modalidades foram descontinuadas: Projetos de Colonização (PC), Projetos Integrados de Colonização (PIC), Projetos de Assentamento Rápido (PAR), Projetos de Assentamento Dirigido (PAD), Projetos de Assentamento Conjunto (PAC) e Projetos de Assentamento Quilombola (PAQ). As categorias reconhecidas pelo Incra também foram incluídas: Projeto de Assentamento Estadual (PE), Reconhecimento de Assentamento de Fundo de Pasto (PFP) e Reassentamento de Barragem (PRB) e Projeto de Assentamento Municipal (PAM). Em alguns Municípios, os Projetos de Assentamentos tiveram que ser omitidos devido às características de extensão das unidades e às limitações de representação na escala do mapa. Questionamentos sobre qualquer aspecto deste nível de informação compilado neste produto devem ser diretamente encaminhadas ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – Incra.

Os limites das Unidades de Conservação representadas têm como referência o arquivo georreferenciado do Cadastro Nacional de Unidades de Conservação (CNUC), mantido pelo Ministério do Meio Ambiente com a colaboração dos órgãos gestores federais, estaduais e municipais. Nos mapas, estão representadas, sempre que possível, as Unidades de Conservação existentes até 31 de julho de 2022, data de referência para a consolidação de limites oficiais nos Mapas Municipais de 2022, tendo em vista os tempos mínimos necessários para o processamento dessas informações na Base Territorial e demais cadastros do IBGE. Em alguns Municípios, as Unidades de Conservação tiveram que ser omitidas devido às características de extensão das unidades e às limitações de representação na escala do mapa. As Unidades de Conservação da categoria de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN), devido a limitações de escala, não puderam ser representadas nos mapas. Questionamentos sobre qualquer aspecto deste nível de informação compilado neste produto devem ser diretamente encaminhadas aos órgãos responsáveis pela informação.

Considerações:

  • A atualização dos mapas estatísticos consiste em um processo crítico e complexo que requer planejamento e execução cuidadosos, com tempo suficiente para garantir a eficácia das etapas censitárias para evitar conflitos de qualidade entre usuários diversos da cadeia censitária;
  • Para um número cada vez maior de pessoas, o mapa impresso é um produto desconhecido, sendo cada vez mais corriqueira a interação direta com mapas em telas digitais, o que implica a necessidade de revisão de metodologias de representação dos elementos cartografados;
  • No passado, a capacidade de construção de mapas dependia da disponibilidade e habilidade dos indivíduos qualificados, enorme infraestrutura industrial, valores significativos de recursos financeiros e prazos extensos;
  • Nos últimos anos, o rápido avanço da plataforma Python na estrutura da Base Territorial do IBGE, apoiado pela renovação do quadro de atualizadores, iniciou uma transformação tecnológica radical nos processos de trabalho;
  • Essas transformações possibilitaram a produção de coleções de mapas censitários com maior rapidez, viabilizando visuais escalonáveis que conseguem acompanhar as mudanças territoriais com menor periodicidade;
  • Somado a esses aspectos, com tamanha riqueza de dados disponíveis em várias fontes do IBGE, a qualidade dos produtos vem ganhando proporções significativamente maiores a cada ano e, se mostrando, um instrumento consistente que, combinado aos fatores de acuidade visual, precisão geoespacial e atualidade, os tornam fundamentais para o IBGE. Por isso, o IBGE encoraja que os usuários, entre as municipalidades e o público em geral, encaminhem sugestões para melhorias advindas das municipalidades e do público em geral.
  • Os limites municipais aqui representados não devem ser considerados como demarcações ou caracterizações oficiais. Embora os mapas estatísticos sejam utilizados como referência para diversas atividades por órgãos públicos, privados e pela sociedade em geral, o IBGE esclarece que os Mapas Estatísticos não devem ser utilizados como instrumentos legais para definição, localização, demarcação ou registro público de imóveis ou para definir a posição de quaisquer tipos de equipamentos urbanos, do parcelamento do solo municipal que impliquem na administração de IPTU, TSU, ITBI, ISSQN ou qualquer outro instrumento de planejamento territorial ou fiscal.

Sobre a publicação - Censo 2022: Mapas de Setores Censitários Urbanos e Rurais

A coleção de Mapas dos Setores Censitários se divide em mapas de dois tipos: os Mapas de Setores Urbanos (MSU) e os Mapas de Setores Rurais (MSR). O Setor Censitário é a menor unidade territorial de coleta e de divulgação dos agregados estatísticos do questionário do universo. Cada Setor é classificado para fins estatísticos como urbano, rural ou de massa d'água, conforme suas características. Os mapas aqui apresentados estão disponíveis em formato GeoPDF, contribuindo para fácil acesso e compreensão da malha de Setores de divulgação dos resultados do Censo Demográfico 2022. Neste Censo, com a inédita utilização de imagens de satélite de alta resolução, os mapas de setor passam a viabilizar a compreensão de toda extensão do território nacional e em escala geográfica compatível com o nível local. Com isso, possibilita-se a visualização de aspectos da configuração territorial associada aos dados do Censo Demográfico divulgados ao nível do Setor Censitário.

Os mapas dos Setores Censitários traduzem a varredura de campo advinda da operação de coleta pelo IBGE e podem servir de referência para um conjunto de aplicações que dependem de um conhecimento detalhado dos padrões de ocupação do território nacional. Nesse ciclo censitário, de forma inédita, os mapas foram atualizados após a etapa de coleta dos dados em campo, de modo que incorporam melhorias na classificação das informações geoespaciais, nos topônimos das localidades e nos demais elementos cartográficos representados.

Todos os arquivos de Mapas dos Setores Censitários foram construídos em conformidade com a Malha Municipal Digital da Divisão Político-Administrativa Brasileira, contemplando as atualizações territoriais comunicadas ao IBGE até 31/07/2022 pelos Órgãos Estaduais competentes.


Mapas de Setores Urbanos

Os Mapas de Setores Urbanos (MSU) detalham os limites dos Setores Censitários com as referências gráficas necessárias a interpretação da extensão do Setor Censitário em ambiente urbano, com destaque para as faces de logradouro (lado de cada quadra, em associação ao Cadastro de Endereços para Fins Estatísticos - CNEFE), hidrografia, pontos de referência, entre outros. Além de elucidar os limites dos setores urbanos, o MSU traz importantes elementos cartográficos de referência para compreensão da área de recenseamento, viabilizando o planejamento do percurso e adequada cobertura da coleta de dados em campo. Com a utilização de imagens de satélite de alta resolução como plano de fundo é possível observar com detalhes aspectos da configuração territorial associada aos conteúdos estatísticos levantados no Setor Censitário.


Mapas de Setores Rurais

Os Mapas de Setores Rurais (MSR) representam as referências gráficas necessárias à interpretação da extensão do Setor Censitário em ambiente rural, detalhando elementos geográficos componentes do perímetro do Setor, em geral, vias rurais, hidrografia, estabelecimentos agropecuários e localidades, entre outros. Além de elucidar os limites dos setores rurais, o MSR traz importantes elementos cartográficos de referência para compreensão da área de recenseamento, viabilizando o planejamento do percurso e adequada cobertura da coleta de dados em campo. Com a utilização de imagens de satélite de alta resolução como plano de fundo é possível observar com detalhes aspectos da configuração territorial associada aos conteúdos estatísticos levantados no Setor Censitário.


Descritivos dos Setores Censitários

Reconstituem textualmente os limites dos setores censitários. A delimitação de seu perímetro é relatada a partir de um ponto inicial, descrevendo-se, em sentido horário, o traçado do perímetro até o ponto final. Ambos, descritivo e mapa de setor censitário, são ferramentas complementares para o trabalho de campo. As dúvidas na interpretação de um podem ser dirimidas pela observação do outro.


Sobre as áreas urbanas e rurais para fins censitários

No Censo Demográfico 2022, o IBGE, no âmbito de sua Base Territorial, diferenciou e qualificou as áreas urbanas e as áreas rurais para fins estatísticos através da classificação da Situação de cada Setor Censitário. Esta classificação foi realizada a partir de critérios morfológicos, por meio da identificação da dispersão e da aglomeração 

de edificações no território; e de critérios funcionais, através da identificação e classificação de localidades diante da presença de sedes político-administrativas, de atividades industriais, comerciais, serviços e/ou de estabelecimentos agropecuários.

O Setor Censitário é a menor unidade territorial de coleta e de divulgação dos agregados estatísticos do questionário do universo. Essa forma de classificação e delimitação de áreas urbanas e rurais consistiu em uma mudança metodológica importante em relação ao Censo Demográfico 2010, quando o IBGE ainda se orientava pelas delimitações dos espaços urbanos definidas legalmente pelas municipalidades para fins diversos.

As áreas urbanas para fins censitários caracterizam-se morfologicamente, pela alta densidade de edificações em zonas de ocupação já consolidadas, mas também por regiões periurbanas com densidade de edificações relativamente mais baixa, por áreas verdes intraurbanas sem edificações e por núcleos urbanos espacialmente descontíguos em relação às áreas urbanas principais - como loteamentos, condomínios horizontais, núcleos dormitórios, condomínios de veraneio, entre outros. Funcionalmente, as áreas urbanas estão associadas a localidades com centralidade político-administrativa, econômica e social, em diversidade e complexidade variável de acordo com o porte do município, sua região e situação na rede urbana.

Ainda que os zoneamentos urbanos legais elaborados pelos municípios tenham sido utilizados como insumos complementares para a apuração da extensão das áreas urbanas e rurais, o método de análise considerado para a classificação em urbano ou rural foi essencialmente constituído a partir de critérios de análise geográfica. Isto é, baseado na análise das formas espaciais por meio de imagens orbitais e, em situações específicas, de trabalhos de campo das equipes de atualizadores do IBGE. Assim, as zonas urbanas legalmente instituídas não se confundem com a área urbana apurada pelo IBGE para fins censitários.

As áreas rurais distinguem-se morfologicamente pela disposição espacial dispersa ou pela ausência de edificações, apresentando predominância de estabelecimentos dedicados a atividades agropecuárias, florestais ou aquícolas. Caracterizam-se ainda pela presença de localidades de reduzidas dimensões - tipificadas na Base Territorial como "povoados", "lugarejos", "núcleos rurais", "agrupamentos indígenas" e "agrupamentos quilombolas". Tais aglomerados exercem função essencialmente residencial no território, podendo oferecer serviços básicos (tipicamente pequenos mercados, postos de saúde e escolas primárias) à população de seu entorno imediato, contudo, não possuem sede administrativa municipal.

Deste modo, os critérios morfológicos-funcionais ganharam prevalência na composição do quadro cartográfico-geográfico de referência que orientam as atividades de operação e divulgação do Censo Demográfico. Estes critérios determinam a situação dos Setores Censitários e, por consequência, o modelo do mapa de setor empregado. 

Acesso ao produto - Censo 2022: Mapas de Setores Censitários Urbanos e Rurais

Saiba mais - Censo 2022: Mapas de Setores Censitários Urbanos e Rurais

A Malha de Setores Censitários corresponde ao conjunto de setores de um determinado recorte territorial, isto é, de um País, Estado, Município, Distrito ou Subdistrito. Cada setor censitário possui um limite geográfico e um geocódigo, além de um conjunto de informações associadas.

A malha, associada aos agregados estatísticos dos resultados censitários, permite a diferenciação de áreas a partir dos aspectos investigados pelo questionário do Universo do Censo Demográfico.

Por suas dimensões habituais, o Setor Censitário se constitui como unidade espacial de análise compatível com ampla variedade de estudos e aplicações em escala local, permitindo a avaliação da distribuição espacial de dimensões demográficas, econômicas e sociais da população residente, além de características dos domicílios.

Devido aos diferentes conceitos e critérios que orientam a delimitação dos Setores Censitários, a malha setorial constitui-se como estrutura heterogênea que reproduz a diversidade territorial dos espaços urbanos e rurais. Os setores urbanos apresentam áreas medianas que variam de 0,07 km² nas áreas de alta densidade de edificações a 0,56 km² nas áreas com baixa densidade de edificações. Os núcleos urbanos, por sua vez, apresentam área mediana de 0,22 km², denotando formas de ocupação distintas em relação aos espaços urbanos das cidades e vilas. Os aglomerados rurais, embora se localizem em áreas rurais, devido à concentração domiciliar, também apresentam áreas medianas menores, variando de 0,13 km² nos lugarejos a 0,37 km² nos núcleos. Os setores de área rural exclusive aglomerados apresentam a maior área mediana – 27,5 km².

A avaliação da distribuição das frequências de população residente nos Setores Censitários evidencia o esforço para que as concentrações de pessoas sejam significativas para a operacionalização das pesquisas e para a divulgação de resultados. A menor média foi encontrada nos setores de lugarejos, com 84 pessoas residentes em média, e a maior nas áreas urbanas de alta densidade de edificações, com 527 pessoas residentes em média.

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