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RMPG - Rede Maregráfica Permanente para Geodésia

O que é

Conjunto de estações maregráficas, isto é, equipamentos para monitoramento das variações do nível do mar, instaladas e operadas pelo IBGE, com a finalidade de monitorar a relação entre o Datum Vertical Brasileiro (definido em Imbituba, em Santa Catarina, e Santana, no Amapá) e outros níveis de referência maregráficos, bem como subsidiar os estudos de modernização das altitudes brasileiras e de variação do nível do mar.

 

Atenção

A RMPG passou a disponibilizar a partir do dia 01/04/2022 os dados meteorológicos coletados pelas estações maregráficas. A arquitetura dos arquivos .zip é a mesma, porém as estações que possuem sensores meteorológicos terão um arquivo a mais comprimido com dados em intervalo de 5 minutos. Informações adicionais são encontradas nos relatórios das estações.

Parcerias

A implementação e manutenção da RMPG conta com o apoio das seguintes instituições:

  • Scpar Porto de Imbituba
  • Companhia Docas do Ceará - CDC
  • Companhia Docas de Santana - CDSA
  • Diretoria de Hidrografia e Navegação - DHN
  • Universidade Federal do Paraná - UFPR
  • Universidade do Havaí
  • Petrobrás
  • Universidade Federal do Rio Grande - FURG
  • Companhia Docas do Pará - CDP

Sobre a publicação - Rede Maregráfica Permanente para Geodésia

Sobre a RMPG

Uma das ações desenvolvidas pelo IBGE para o cumprimento de sua missão institucional é o estabelecimento de um conjunto homogêneo de marcos geodésicos com altitudes de alta precisão em todo o território nacional. Esse conjunto de marcos geodésicos é formalmente denominado Rede Altimétrica de Alta Precisão (RAAP) do Sistema Geodésico Brasileiro (SGB).

Atualmente, grande parte das altitudes da RAAP refere-se ao Datum de Imbituba, isto é, ao nível médio do mar no Porto de Imbituba (SC) entre 1949 e 1957. A pequena porção da RAAP existente no Amapá não pôde ser conectada ao Datum de Imbituba devido à impossibilidade de cruzamento do estuário do Rio Amazonas e Ilha de Marajó com a técnica de nivelamento geométrico de alta precisão, levando à utilização do nível médio no Porto de Santana entre 1957 e 1958.

A RMPG foi concebida em 1996 pelo então Departamento de Geodésia do IBGE – hoje Coordenação de Geodésia, CGED – com a finalidade de determinar e acompanhar a evolução temporal e espacial dos referenciais altimétricos do SGB. Posteriormente, novas possibilidades de uso desses dados foram se desenvolvendo, como por exemplo, a interface com as missões altimétricas espaciais, auxiliando a modelagem da topografia do nível médio do mar (TNMM) ao longo da costa brasileira e a inclusão dessas informações na modelagem matemática do Problema de Valor de Contorno da Geodésia (PVCG).

Apesar da finalidade geodésica, as informações produzidas pelas estações da RMPG são úteis para diversas aplicações não geodésicas, tais como redução de sondagens para conservação e ampliação da capacidade de portos e vias navegáveis, implantação de infraestrutura – portos, rodovias, redes de água e esgoto, etc. - em regiões litorâneas, e estudo de possíveis medidas de adaptação e mitigação dos impactos da elevação do nível médio do mar, entre outras aplicações.

Caracterização

As estações da RMPG seguem as orientações da Comissão Oceanográfica Intergovernamental (COI) da UNESCO, sendo dotadas de pelo menos dois sensores de observação do nível do mar, para garantir a redundância dos dados, e minimizar problemas de ausência de informação devido a falha instrumental. Os tipos de sensores utilizados são: radar, com precisão de ± 2 mm;, contrapeso e boia eletrônico, com precisão de ± 2 mm; e pressão hidrostática, com precisão de ± 5 mm. Esse último tipo, sempre na condição de sensor secundário, devido à tendência de deriva identificada nas análises pretéritas de Imbituba, Macaé e Santana, que inicialmente possuíam apenas esse tipo de sensor. Todas as estações buscam atender à especificação da COI de acurácia melhor do que 1 cm sob todas as condições ambientais possíveis (chuva, temporais, ressacas e outras).

Há redundância também no sistema de transmissão de dados, onde, pelos menos, dois sistemas independentes estão disponíveis. Os tipos utilizados pela RMPG são modem de linha, modem GPRS/GSM e antena GOES. Algumas estações também possuem sensores meteorológicos (pressão atmosférica, temperatura e umidade, precipitação atmosférica, direção e intensidade do vento) que auxiliam no refinamento dos dados maregráficos. Ademais, todas as estações são providas de régua de marés, poços verticais para os sensores de nível do mar e painéis solares para o fornecimento de energia. A CGED busca manter estações autônomas na RMPG, com operação contínua 24 horas por dia, durante os sete (7) dias da semana.

As estações da RMPG contribuem para o Sistema Global de Observação do Nível do Mar (Global Sea Level Observing System – GLOSS), coordenado no Brasil pela Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN) da Marinha do Brasil. Algumas estações transmitem em tempo quase real (5 minutos) para o serviço da COI de Rede Ativa do GLOSS, contribuindo diretamente com a sub rede de Alerta de Tsunami no Caribe. O link do serviço é http://ioc-sealevelmonitoring.org/index.php

Periodicamente, as estações da RMPG passam pelo chamado controle geodésico de estação maregráfica (CGEM), com nivelamento científico com precisão de 1,5mm √K , Teste de Van de Casteele e rastreio GNSS com 3 seções de 6 horas em dispositivos de centragem forçada próximos à estação maregráfica. Além disso, busca-se que todas as estações da RMPG trabalhem com uma estação RBMC próxima, para garantir em conjunto com o CGEM o controle de estabilidade, ou seja, que movimentos verticais de origem não oceânica sejam detectados e quantificados, possibilitando sua correção. Maiores detalhes podem ser obtidos nas “Instruções Técnicas” para CGEM.

Por fim, a RMPG mantém um acervo de maregramas de estações que possuíam sensores analógicos de observação do nível do mar, que trabalharam durante muitos anos como backup dos sensores digitais e que foram gradativamente substituídos pela redundância de sensores digitais.

Operação

As observações são enviadas a cada 5 minutos para o Centro de Controle da RMPG, na Coordenação de Geodésia (Rio de Janeiro, -RJ), onde são organizadas, em arquivos diários, correspondendo a sessões iniciando às 00h 00 min e encerrando às 23h 55 min ou 23h 59 min (tempo universal coordenado), dependendo da resolução temporal do sensor ser 5 min ou 1 min.

A partir da recepção dos dados, são criados novos arquivos em formato .txt, nos quais é realizado um controle de qualidade das observações, além de uma reformatação do horário para o fuso horário de Brasília, sem considerar horário de verão, e uma filtragem dos dados observados. Em seguida, os arquivos de dados .txt são compactados e disponibilizados na área de download do portal do IBGE. Outras informações sobre o tratamento dos dados da RMPG podem ser obtidas no relatório “Análise da Variação do Nível Médio do Mar nas Estações da RMPG”.

Ocasionalmente, algumas perdas de dados devido a problemas de transmissão de dados e de falta de energia podem ocorrer. Na medida do possível, os dados são recuperados assim que a situação é normalizada, quando o problema é referente àa transmissão. Entretanto, em casos de falta de energia, os dados são perdidos.

Observação: solicita-se aos usuários da RMPG que citem em seus trabalhos que os dados foram disponibilizados pelo IBGE, mantenedor do projeto RMPG, que não repassem os dados a terceiros, mas sim orientem outros usuários interessados que realizem o download através da página do IBGE (RMPG) ou solicitem os dados diretamente ao IBGE através do formulário de atendimento disponível em: https://www.ibge.gov.br/atendimento.html

Acesso ao produto - Rede Maregráfica Permanente para Geodésia

Banco de Dados Geodésicos

Aplicativo

Tutorial

Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais - INDE

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São disponibilizados dois tipos de arquivos, sendo eles:

  • Relatório da estação
    Fornece detalhes sobre a estação da RMPG e seus respectivos arquivos de dados.
  • Arquivos de dados
    Arquivos compactados para cada conjunto Estação/Data, sendo do tipo texto e contendo informações sobre o nível d´água nas estações maregráficas.
    Os arquivos compactados são identificados como XXXaammdd.ZIP, sendo XXX o identificador da estação, aa o ano, mm o mês e dd o dia.
    Por exemplo, um pedido de dados das estações Macaé e Imbituba, para os dias 2 e 3 de dezembro de 2005, resultaria no fornecimento dos arquivos MAC051202.ZIP, IMB051202.ZIP, MAC051203.ZIP e IMB051203.ZIP.

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